Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009

Kate Jacobs cresceu na idílica pequena cidade de Hope (6184 habitantes) perto de Vancouver no Canadá. É uma região onde tem imensos amigos e familiares e que Kate adora visitar. É claro que, na sua adolescência, Kate achava este lugar tremendamente monótono, por isso implorou aos pais para a enviarem para um colégio interno em Victoria, tirando depois um curso de Jornalismo na Universidade de Otava. A seguir, num rasgo de optimismo/coragem/ingenuidade, mudou-se para a agitada cidade de Nova Iorque (8 143 197 habitantes).
O plano? Trabalhar no mundo das revistas. Primeiro, tirou um mestrado na Universidade de Nova Iorque e realizou uma série de estágios não remunerados, depois conseguiu um lugar como assistente editorial na revista Redbook. Foi aí que Kate atendeu inúmeros telefonemas, leu uma tonelada de pieguices (tendo a oportunidade de conhecer alguns futuros escritores) e começou a testemunhar o impacto da partilha de histórias femininas. Por esta altura, mudou-se para um complexo de apartamentos que albergava quase tantas pessoas como a sua terra natal no Canadá.
Profissionalmente, Kate esteve sempre ligada a conteúdos femininos: foi editora da Working Woman e da Family Life e foi, mais tarde, escritora freelance e editora do site da Lifetime Television. A nível pessoal, sendo recém-chegada a Nova Iorque, aprendeu a importância de constituir uma família substituta e de estabelecer amizades duradouras. A exploração da riqueza das relações que se estabelecem entre mulheres é o tema fulcral dos seus romances.
Depois de morar em Manhattan durante uma década, Kate mudou-se recentemente com o marido para o Sul da Califórnia e descobriu os prazeres da vida nos subúrbios.
Uma forte crente no poder criativo dos tempos livres, Kate adora recarregar baterias fazendo projectos em tricô que requeiram pouco tempo. É também uma grande fã de tirar sestas, principalmente quando está pressionada por prazos, aconchegando-se na sua manta verde e amarela preferida que a avó lhe tricotou há décadas, com o seu adorado Baxter, um springer spaniel inglês, a ressonar ao lado dela.
Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2009

ABERTA DE TERÇA A SÁBADO, DAS 10H00 ÀS 20H00. NÃO HÁ EXCEPÇÕES!
O horário da WALKER & FILHA: TRICOTADEIRAS destacava-se em letras multicolores num duplo painel branco bem posicionado, no cimo do patamar das escadas, mas Georgia Walker — normalmente preocupada em fechar a caixa e apanhar as pontas de lã soltas espalhadas pelo chão — raramente se dirigia para a porta para a fechar à chave antes das 20h15… e muitas vezes mais tarde.
Sentava-se antes no seu banco ao balcão, desligando do ruído do tráfego na movimentada Broadway de Nova Iorque, em baixo, reflectindo sobre as vendas do dia ou preparando-se para a aula de tricô para principiantes que dava todas as tardes a donas de casa desejosas de alguma marca aparente de genuína maternidade. Fazia contas com o lápis e o papel e suspirava (o negócio prosperava, mas podia ser sempre melhor); ia puxando pelos compridos caracóis castanhos. Era um velho hábito de que nunca se tinha libertado e muitas vezes, no fim de cada dia, ficava com a franja espetada. Assim que a escrita estava em ordem, alisava o cabelo, sacudia dos jeans e da camisola macia de lã quaisquer restos de borracha, o rosto ligeiramente pálido da concentração e da falta de sol, e levantava-se do alto dos seus 1,80 m (graças aos saltos de 7,5 cm das suas bem gastas botas de cowboy em couro castanho, de que nunca se desfez, vendo-as entrar e sair de moda ao longo do tempo).
Caminhava lentamente pela loja, passando ao de leve as mãos pelas pilhas de lã, meticulosamente separadas por cor — desde o verde lima ao verde-claro, passando pela cor de ferrugem, vermelho morango, azul cobalto, azul Wedgwood, laranja forte, âmbar, e fila atrás de fila de cinzas, cremes, pretos e brancos. O fio variava entre o extraordinariamente felpudo e macio ao áspero e nodoso e todo ele lhe pertencia. E a Dakota também, claro. Dakota, que aos doze anos ignorava frequentemente as instruções da mãe, adorava trocar os olhos escuros e divertir-se ao ver o aspecto desfocado das cores a dissolverem-se umas nas outras, um arco-íris a fundir-se.
Dakota era a mascote da loja, uma das suas principais consultoras de cor («mais reflexos!») e já, francamente, uma tricotadeira de altíssima qualidade. Georgia notava a rapidez com que a filha realizava as suas obras, como estava a tornar-se exigente em relação à tensão das malhas. Já em mais do que uma ocasião, Georgia surpreendera-se ao ver a filha, que já não era assim tão pequena como isso, abordar uma cliente e dizer com confiança: — Ah, deixe que eu ajudo. Veja, pega-se neste gancho de croché e rectifica-se o erro… — A loja era um projecto em curso; Dakota era a única obra que ela sabia ter conseguido com sucesso.
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

“Uma história bonita com um final surpreendente.”
“Simplesmente Fantástico.”
“Uma magnífica história de mulheres… Um livro que dá para reflectir, rir e talvez até chorar (para alguns, eu não choro facilmente). Um bom livro.”

O tricô voltou a ser bastante popular. O que acha que está por detrás desta nova moda?
Desde adolescentes a estudantes universitárias, passando por mulheres com carreiras e novas mães, há todo um grupo de pessoas a aderir ao mundo “avozinha chic”. Uma parte é ironia, outra nostalgia pelos “bons velhos tempos”. Além disso, tricotar é uma actividade que aproxima as pessoas. Todos nós queremos fazer amizades. E esse aspecto é muito importante; uma das consequências é o boom de blogues de tricô na Internet. Mas há também outro aspecto importante. Acho que tricotar tem um efeito bastante terapêutico, há algo de relaxante e de aliviador do stress nessa actividade. Mantemos as mãos ocupadas – algo positivo para pessoas que estão tão stressadas que já não conseguem relaxar naturalmente – e podemos nos desligar. Não estou a dizer que tricotar não requer que se pense. Porque requer! Alguns dos padrões são bastante intricados e temos de ser tão boas como as nossas avós eram para os fazer bem. Mas usamos uma parte do cérebro diferente da que usamos quando estamos a trabalhar. Os dedos começam a executar o trabalho e repetimos os passos – há uma grande memória muscular – e as agulhas começam a retinir e sentimos a tensão no cérebro a desvanecer.
Por fim, todas nós gostamos de ter coisas que nos fazem sentir bem. Produtos feitos à mão e em casa são, neste momento, muito populares. Feitos pelas nossas próprias mãos? Bem, isso é ainda melhor.
Faz tricô?
Sim, e gosto de projectos rápidos e divertidos! Quando faço tricô, é como se fizesse uma pausa – normalmente da escrita – e costumo agradar à criança que há em mim fazendo um marcador rosa-choque ou algo de que não preciso, como uma meia para o telemóvel. O tricô é um hobby divertido. Por outro lado, as minhas avós faziam muito bem tricô e tricotavam peças para serem quentes e duradouras: mantas, camisolas, roupas para bebé. Mesmo agora, tenho uma manta verde e amarela no fundo da cama que a minha avó me fez há trinta anos. Há algo de maravilhoso em envolvermos os pés numa manta que não é apenas algo que está na nossa família há anos, mas que, literalmente, foi tricotado com amor por alguém que nos adorava. Isso é algo muito poderoso.
A sua vida serviu de inspiração para este romance?
Para mim, O Clube de Tricô de Sexta à Noite é, no fundo, um romance sobre relações; o tricô serve como uma metáfora e o clube como um fio condutor para aproximar este grupo bastante distinto de mulheres. E quando estamos numa cidade tão grande e movimentada como Nova Iorque, é muito fácil perdermo-nos no meio da multidão. A loja torna-se num lugar de paz para cada uma das personagens. Elas sabem que podem respirar fundo e deitar tudo cá para fora. Todas nós precisamos de um lugar assim, um grupo de amigas mesmo ao virar da esquina. E, desse modo, consegui ir buscar a inspiração a experiências pessoais bastante ricas, porque tive a felicidade de ter na minha vida esse tipo de amizade. Ainda mantenho contacto com as amigas da minha juventude. Apesar de ser cada vez mais difícil, por estarmos espalhadas por todo o país, arranjarmos fins-de-semana para nos encontrarmos ainda constitui uma prioridade. Porquê? Porque a verdadeira amizade é algo difícil de encontrar e que temos de estimar. Por isso, fui buscar inspiração a estas relações, à memória das minhas avós que faziam tricô e ao meu amor por Nova Iorque para construir este mundo maravilhoso da loja de lãs Walker & Filha.
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009
Numa cidade tão grande e movimentada como Nova Iorque, é muito fácil perdermo-nos na multidão. Habituada a contar apenas consigo própria, Georgia tem um dia-a-dia esgotante em que tenta conciliar as exigências da sua loja com a educação da filha, Dakota. Em tempos não muito distantes, Georgia era uma jovem apaixonada e decidida a perseguir os seus sonhos, pelo menos até ao dia em que James – o grande amor da sua vida – soube que estava grávida e lhe despedaçou o coração ao fugir para Paris. Nesse dia, Georgia conheceu a solidão e decidiu traçar o seu caminho sozinha. Mas James tem outros planos. Planos que a incluem…
Será, pois, com grande surpresa que ela percebe que a sua loja se transformou num ponto de encontro. Com o pretexto de fazer tricô, mulheres extremamente diferentes entre si fazem uma pausa nas suas vidas atribuladas e partilham segredos, angústias e expectativas. Mas quando o impensável acontece, estas mulheres vão descobrir que o que criaram não é apenas um clube de tricô mas uma verdadeira irmandade.
“Um livro espectacular – a ler imediatamente!”
Glamour
“Com um elenco fantástico de personagens femininas, é impossível não querer passar um dia debaixo dos cobertores a ler este livro.”
Heat
“O final surpreendente e poderoso de O Clube de Tricô de Sexta à Noite revela-nos que a vida é demasiado curta para ser desperdiçada.”
The Daily Telegraph
“Um retrato maravilhoso e comovente da amizade feminina. O leitor vai rir e chorar ao mesmo tempo que as personagens, e se for como eu vai desejar saber tricotar.”
Kristin Hannah, autora de Uma Segunda Oportunidade
“Um livro impossível de pousar.”
Booklist
“Os amante do tricô vão gostar de ver o seu poder terapêutico transposto para a escrita. A sua simplicidade e o seu efeito relaxante proporcionam tempo para conversas, risos, revelações e amizades.”
Detroit Free-Press
“Um novelo colorido.”
Woman&Home

Kate Jacobs deixou o Canadá para ir estudar na Universidade de Nova Iorque, cidade onde viveu durante dez anos e trabalhou para diversas publicações. Actualmente, vive no Sul da Califórnia com o marido. Para além de Laços Eternos, na ASA está também publicado o seu primeiro romance, O Clube de Tricô de Sexta à Noite, que foi um bestseller internacional, tendo sido editado em vinte países e vendido um milhão de exemplares. Para além disso, encontra-se também a ser adaptado para o cinema, com Julia Roberts no papel principal.
Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2009

Saiba tudo sobre Sapatos de Rebuçado (a continuação de Chocolate, de Joanne Harris) aqui.
Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2009
Carla Simões:
Para conquistar o Carneiro fogoso, impulsivo e activo da minha vida eu prepararia uma saída romântica, apimentada por uma refeição num restaurante mexicano, para manter a chama bem acesa! Tudo isto seria bem ao gosto de Carneiro que adora desafios e procura experiências que lhe proporcionem adrenalina.
Depois logo se veria como continuaria a noite, mas certamente que seria intensa... pois Carneiro é motivado por desafios e há que mantê-lo interessado!
Célia Marteniano:
Para conquistar um capricorniano, signo desconfiado por natureza, é necessário criar um ambiente calmo e descontraído. Nada melhor que um passeio nocturno na praia, sob um céu estrelado, ouvindo as ondas do mar sob a conjugação perfeita dos astros. Uma pitada de sal, uma pitada de areia, uma pitada de luar… E o cenário seria perfeito para uma noite inesquecível.
Citando Elsa Afonso:
Preparava um encontro casual no elevador... Simulava que tinha falta de ar e quando o elevador abrisse já estávamos de lábios selados.
Tânia Batista:
Uma manta de paixão estendida no areal
chocolates para adoçar o paladar;
as ondas seriam a música
igualando uma perfeição única
para o doce escorpião conquistar
num cenário bem real.
Katy Miller:
Naquela noite, não havia senão estrelas no céu. A lua observava-nos, inerte. Não dissemos uma única palavra. Olhámos para trás: a nossa tenda iluminada por lindas velas aromáticas, cheia de um embriagante cheiro a incenso. O perfume ia-nos adormecendo os sentidos à medida que tudo o que estava à nossa volta se parecia dissolver no ar. Olhámo-nos: era a primeira vez que lhe lia os pensamentos assim e o ouvia dizer que me amava tanto quanto eu o amo a ele. Permanecemos sós trocando carícias, brindando apenas ao facto de termos, brincando ao sabor da brisa, acabado de acordar para a vida.
Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2009
O prazo para a recepção das respostas ao passatempo O Ano Tem Doze Homens termina hoje à meia-noite. Os vencedores vão ser anunciados na quarta-feira.
Sejam criativos e boa sorte!
Sexta-feira, 16 de Janeiro de 2009

Como bem sabem, os livros da Joanne Harris conjugam romance e culinária de uma forma irresistível e saborosa. No álbum Do Mercado para a Sua Mesa, Joanne Harris, uma escritora que adora comida, colaborou com uma ex-chef que adora escrever sobre comida para escreverem um livro de receitas francesas. As duas foram até à Gasconha, onde se inspiraram na profusão irresistível dos mercados rurais franceses. Frutas e legumes da época, queijos regionais, vinhos… os melhores ingredientes combinam-se em verdadeiros pratos de sucesso.
Coloquei no blogue da
Joanne Harris uma das receitas de
Do Mercado para a sua Mesa: "Tourte au Camembert". Esta deliciosa combinação de legumes frescos da época, batatas farinhentas e uma cobertura de
Camembert dourada e cremosa constitui um excelente prato vegetariano para um deprimente dia de Inverno.
Segunda-feira, 12 de Janeiro de 2009
Que encontro romântico prepararia para conquistar a pessoa do seu signo ideal?
Responda com criatividade a esta questão e habilite-se a ganhar um dos cinco exemplares de O Ano Tem Doze Homens que a ASA tem para lhe oferecer. A frase terá de ter no máximo 500 caracteres e de ser enviada para o e-mail joanneharris@sapo.pt.
Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009
CAPRICÓRNIO
22 de Dezembro a 20 de Janeiro
Hoje vou revelar-lhe uma grande novidade: existe uma vida para além do escritório. Vá até à porta e veja com os seus próprios olhos. Saia daí, mesmo que hoje tenha planeado abandonar a sua secretária. A sua agenda está cheia? Deite-a fora e compre uma nova!
Seja espontâneo! Conheça pessoas novas! Vá de avião até Katmandu! Também não sei onde fica. Pelo nome, deve ser África. Vá lá, pegue numa T-shirt e num fato de banho e arranque! Não é preciso saber tudo antes. Se já se soubesse tudo antes, ainda haveria casamentos? Ainda se ensinaria os filhos a falar? Claro que não.
Hoje vamos pintar a manta. Júpiter está em óptima posição para pintar a manta. Telefone para o trabalho e diga que está com varicela. Sim, já sei que não tem varicela. Minta! As estrelas estão bem posicionadas para mentiras de todo o género. Não faz mal nenhum. As mentiras são como a masturbação. Todos os fazem, só não gostam de ser apanhados. É muito simples. Pode acreditar em mim – sou especialista nisso. Em mentir, claro. Vai ver, irá resultar às mil maravilhas.
E depois, rambazamba! O que quer isto dizer? Então, quer dizer rambazamba. Festas. Álcool e sexo e… sei lá, sexo e álcool.
E já que estamos a falar nisto: não só há uma vida para além do trabalho, como também há sexo para além da cama. Basta dizer: mesa da cozinha. Sim, não é confortável. Mas de onde é que pensa que vem a palavra paixão? Por isso, coragem! Se deve cobrir a mesa com uma toalha antes? Por mim tudo bem, se isso o excita. Almofadas? Não, almofadas não. Quer colocar antes um colchão de espuma?
Sabe uma coisa, esqueça a mesa da cozinha! Existem outros sítios tentadores. Basta dizer: banheira.
Ah, não toma banho. Claro, é preciso ter cuidado com a acidez da camada de protecção da pele. Pois então não pode ser na banheira. Mas ainda havemos de encontrar algo de que goste. Basta dizer: elevador. Parque de estacionamento subterrâneo. Cabine telefónica.
Não tem vontade? Pensei que tínhamos concordado em libertarmo-nos e deixar tudo correr espontaneamente. Não tem tempo? Tem de acabar o relatório do trimestre? Horas extraordinárias? Não tem cabeça para excessos espontâneos?
Então, mude pelo menos a imagem de fundo no seu computador, rambazamba! Neptuno está óptimo para aventuras.
Continue a ler o primeiro capítulo de O Ano Tem Doze Homens aqui.
Da calma aparente de uma Dona de Casa Desesperada à vida de glamour de O Sexo e a Cidade bastou uma conjugação astrológica muito especial…
Pia escreve horóscopos para uma revista feminina e tem uma vida confortável ao lado do seu namorado Stefan. Mas o dia de Natal tem para a jovem planos muito diferentes daqueles que ela traçara; planos que incluem um relógio frito, um anel inoportuno e uma intempestiva saída de casa. Tudo piora quando Stefan se apaixona por outra mulher. Pia decide então reinventar-se. Para isso, faz uma aposta com a sua melhor amiga: Pia, a astróloga, envolver-se-á com um representante de cada signo; está, contudo, proibida de se apaixonar… o que não é assim tão simples, porque encontros de uma noite podem ser mais do que mera diversão. Além disso, os sentimentos de Pia têm sempre a mania de se meter pelo meio. Depois de doze meses de astrologia romântica, as estrelas parecem estar finalmente bem posicionadas e, nessa altura, Pia vai ter de tomar a mais importante decisão da sua vida.