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CHOCOLATE PARA A ALMA – LER NÃO ENGORDA

CHOCOLATE PARA A ALMA – LER NÃO ENGORDA

26
Mar09

E OS VENCEDORES DO PASSATEMPO AGRIDOCE SÃO...

Rita Mello

 

Cátia Pinto:

Amor agridoce... o equilíbrio entre o doce momento passado ao teu lado e o amargo sabor da tua ausência.


Lisete Ferreira:

O agridoce da vida é tão simples de explicar...

é o amargo em cada despedida

é o amor em cada olhar...


Rafaela Castro:

Meio doce... meio amargo...

é assim o amor

e deste jeito agridoce

vou ficando viciada

não sei se na alegria que me trouxe

Ou se no desespero e na dor!


Carlos Antunes:

Não, ninguém me contou, que o teu amor é agridoce, provei-o dos teus lábios quando os nossos corpos dançavam sozinhos por entre a multidão.

Não, ninguém me contou, que o teu amor é agridoce, senti-o nas tuas palavras quando os nossos olhos se separam de vez em lágrimas.

 

Luís Figueiredo:

Amor que não é agridoce, é somente um acabou-se

 

25
Mar09

A VERDADE POR DETRÁS DA FICÇÃO – ROOPA FAROOKI (PARTE II)

Rita Mello

 

A última vez que vi o meu pai foi em Paris, em 2002, num dia gelado de Dezembro, algumas semanas antes de morrer. Era onde o encontrava mais vezes, já que estava proibido de entrar no Reino Unido desde a minha adolescência; o seu cadastro impedia-o de pedir um visto. Por esta altura, ele também já tinha arranjado maneira de ser impedido de entrar nos Estados Unidos; já não via a mulher há meses – ela estava a tomar conta da mãe, que sofria de uma doença terminal, e não podia viajar, mas ele também não se mostrava preocupado com isso. Já ia na casa dos setenta, e o seu estilo de vida caótico repercutira-se na sua diabetes e no seu triplamente atacado coração e já sujeito a um by-pass, mas tinha até agora recusado se submeter-se a tratamentos médicos no Paquistão, onde os seus irmãos mais novos podiam tomar conta dele. Apesar de tudo, ele não podia jogar no Paquistão com a liberdade com que o fazia em França.

 

Eu tinha ido a um dos subúrbios cinzentos de Paris para uma reunião (na altura, trabalhava em publicidade), e sabendo que o meu pai estava em convalescença e a jogar em Deauville depois de mais um ataque cardíaco, consegui marcar um encontro com ele na estação de comboios. Ele disse-me ao telefone que tinha finalmente decidido regressar ao Paquistão para ser tratado, e eu sugeri-lhe que nos encontrássemos e partilhássemos um táxi até ao aeroporto. Ele estava terrivelmente magro e fraco, mas ainda cheio de entusiasmo, enumerando alegremente os nomes de pessoas mais jovens e saudáveis que ele conhecia e a quem ele já sobrevivera. “Toda a gente diz que estou a morrer, mas eu ainda não estou morto!”, exclamava exuberantemente.

 

23
Mar09

A VERDADE POR DETRÁS DA FICÇÃO – ROOPA FAROOKI

Rita Mello

O pai de Roopa Farooki, autora de Agridoce, foi um mentiroso compulsivo e foi condenado diversas vezes por crimes de colarinho-branco, mas, ao menos, não era uma pessoa aborrecida. Em baixo, deixo-vos com a primeira parte de um artigo de Roopa Farooki publicado no The Guardian, em que a autora revela como foi crescer com um pai digno de uma personagem de um romance.

 

“Então, Roopa, o que a inspirou?” Era uma pergunta bastante óbvio e, por isso, eu devia estar preparada para ela. Estava sentada num gabinete abafado naquela que seria em dentro em breve a minha editora. Tinha deixado o meu bebé com três semanas com o pai e uma garrafa com leite materno, e como a King’s Cross estava fechada, fora obrigada a vir a pé desde Euston no pico do sol. À chegada, tive de ouvir com espanto uma sala cheia de pessoas que trabalham em edição a dizer o quanto adoraram o meu primeiro romance, que é sobre três gerações de uma família de Bengali cujas relações são definidas e comprometidas pela mentira. E depois chegou a pergunta óbvia. Eu sabia a resposta e, apesar de querer vontade de mentir, estava demasiado aturdida para inventar algo de convincente em tão curto espaço de tempo. Por isso, disse a verdade.

 

 

Expliquei que o meu interesse pessoal no impacto dos enganos nas famílias – todos aqueles factos incómodos que são varridos para debaixo do tapete e ignorados em nome do bem comum, todas aquelas mentiras imaginativas que usamos para a nossa comodidade e para esconder coisas – se devia ao meu pai, um charmoso e incurável vigarista que achava que dizer a verdade era aborrecido, uma vez que era pouco imaginativo. O facto de outras pessoas dizerem a verdade levou-o à prisão em mais do que uma ocasião e em mais do que um país. Ele continuou a fazer isso quando já era um sessentão com idade para ter juízo. A última que me lembro dele foi quando vendeu a alguém um barco em Paris – o que não é nenhum crime, só que o barco não era dele.

 

 

 

19
Mar09

PREETA SAMARASAN NOMEADA PARA O ORANGE PRIZE

Rita Mello

 

Evening Is the Whole Day, de Preeta Samarasan, foi nomeado para o Orange Prize for Fiction 2009, anunciou na quarta-feira fonte do galardão.

 

Passada na Malásia pós-colonial, Evening Is the Whole Day é uma saga familiar sobre segredos e crimes, esperança e sonhos, num país onde as comunidades malaias, chinesas e indianas lutam pelos seus lugares na sociedade.

 

Segundo o The Observer, “Preeta Samarasan retrata de forma magnífica os conflitos que dilaceram um país e uma família, num romance vibrante, descritivo e enriquecedor”.

 

Preeta Samarasan nasceu e cresceu na Malásia e estudou nos Estados Unidos. Vive actualmente em França. Evening Is the Whole Day é o seu primeiro romance e será publicado pela ASA. Podem visitar o site da autora em www.preetasamarasan.com.

 

O Orange Prize for Fiction, que vai na sua décima quarta edição, é o único prémio anual no Reino Unido que distingue a ficção escrita por uma mulher, celebrando a excelência, originalidade e acessibilidade na escrita feminina internacional.

13
Mar09

LILI LA TIGRESSE – A CRÍTICA DA LER

Rita Mello

Lili é uma mulher de peso, voluptuosa e voraz, excessiva em tudo. Perdeu a virgindade na casa de banho de um avião, com um rapaz japonês. Ninush, a amiga, é uma neurótica magrinha, que só faz da vida do seu namorado Léon uma constante miséria. Lili vive com um oficial que vem sempre cansado da guerra. As duas amigas são iguais apenas na solidão e insatisfação das suas vidas. Mais tarde, Lili reencontra o tal japonês. Com surpresa, descobre que é um mutante, que lhe oferece um tigre bebé. Alona Kimhi, nascida em Lvov, Ucrânia, em 1966, autora de Susana em Lágrimas, o seu primeiro romance, best-seller mundial, acrescenta algo mais à interrogação do que é ser humano, num registo exuberante, quase surreal, cheio de humor feroz e observações delirantes. A vida dessa mulher é uma busca de como preencher o “vazio da expectativa”, numa vida em que “o tempo flui, o tempo fissura-se. Tempo oco, todo ele presente contínuo. Não há passado, nem futuro, esperança ou medo. A viagem que temos diante de nós é longa e não é certo que algum dia cheguemos ao nosso destino”. O tigre funciona como um sinal, uma poderosa presença, um desejo de libertação dos constrangimentos, mas também o núcleo mais vital de Lili, o único capaz de apontar o caminho do grande horizonte.

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