Escrever sobre a geração seguinte é interessante e comovente. Depois de ter escrito sobre a juventude de Edie, Janet e Ruby em As Meninas dos Chocolates, nesta história, passadas nos anos sessenta, assistimos a uma nova era – a pílula e todo um conjunto de mudanças sociais – e às mulheres a envelhecer, a viverem com os seus sucessos e erros, e, tal como todos nós o fazemos, a cometerem repetidamente o mesmo erro. Agora, a geração seguinte – Greta, David e os outros – está a crescer e enfrentará os seus próprios desafios.
Eu estava interessada, é claro, na forma como as coisas tinham mudado na Cadbury: a modernização, a introdução de novos produtos e no facto de as mulheres poderem agora trabalhar depois de casarem. Mas, mesmo com todas essas mudanças, ainda não significava que alguém como Greta continuasse a encarar o casamente como a sua única opção para poder sair de casa.
Tendo crescido eu própria com israelitas, queria seguir a vida de David e ver como ele se dava no seu novo país e as suas próprias lutas com a sua identidade e com o sentimento de pertença. E queria seguir seguir também a vida de algumas das minhas personagens preferidas, como a Ruby e a Edie Anatoli, e ver onde é que a vida as tinha levado.