ENTREVISTA COM ESTHER FREUD NO SUPLEMENTO ÍPSILON DO PÚBLICO
Para lerem a entrevista de José Riço Direitinho a Esther Freud, a propósito de A Casa do Mar, publicada no suplemento Ípsilon, do Público, basta clicarem nas imagens.
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Para lerem a entrevista de José Riço Direitinho a Esther Freud, a propósito de A Casa do Mar, publicada no suplemento Ípsilon, do Público, basta clicarem nas imagens.
Para além de A Casa do Mar , que romances de Esther Freud foram já publicados na ASA?
Resposta: Um Verão em Siena
Vencedores:
01 – Cláudia Alexandra Varela Cruz
25 – Marco Santos
50 – Maria Narcisa Padre Santo Rocha Teles
75 – Clara Simões
100 –Francisca Patita
Parabéns aos vencedores e obrigada a todos os participantes!
E boas férias!
Ao sexto romance Esther Freud continua (como fez nos anteriores) a explorar os mistérios da adolescência e sobretudo das relações com um pai muitas vezes ausente (ou demitido) e com uma mãe adepta das modas "new age", carregando as histórias de inúmeras referências autobiográficas. Mas o que mais fascina nos livros de Freud, são as descrições sensuais dos vários ambientes, sejam eles em Siena ou em Londres, e ainda a sua capacidade de oferecer diferentes níveis de leitura a histórias que numa primeira abordagem parecem simples. Este romance é um bom exemplo.
Leia a crítica completa de José Riço Direitinho a Um Verão em Siena, de Esther Freud, publicada no suplemento Ípsilon, do Público, aqui.
O Chocolate para a Alma vai de férias nas próximas duas semanas. Não vai ser propriamente Um Verão em Siena, mas quase... Vai ser mais um Verão em Biarritz, Cannes, Florença e Amalfi. Quem sabe não encontro por lá a Nicky Pellegrino, a Esther Freud ou a Elizabeth Edmondson a pesquisarem para os seus próximos romances?
Isabel:
Ter os pés molhados numa poça de mar salgado e nos olhos já a doce saudade de lá voltar.
Cristina Costa:
Para a receita de umas férias de sonho misturar os seguintes ingredientes: namorado, amigos, praia e serra q.b. e temperar com jantaradas e uma boa dose de diversão; levar a cozinhar em ambiente calmo, com muito sol e sem poluição durante cerca de 15 dias. Bom apetite!
Marta Santos:
Praia paradisíaca + cultura diferente + sossego matinal + êxtase nocturno + comidas apetitosas + locais fantásticos para visitar + boa companhia = férias de sonho!
Nuno Gonçalves:
Férias de sonho são passadas em ti, o teu corpo como areia da praia, o teu sorriso aquece o dia só por si, as tuas palavras são o murmúrio do mar, contigo o sonho é em qualquer lugar!
Ricardo Raimundo:
Sonho com um paraíso longínquo onde a linha do horizonte se cruza com o céu, onde o sol, cavalheiro, se retira para deixar que a lua brilhe e onde a areia macia debaixo dos meus pés me mostre que só as pequenas coisas têm verdadeiro significado, e é neste pequeno, meu paraíso, que encontrarei o descanso que preciso.
Um Verão em Siena, o mais recente romance de Esther Freud, é um regresso ao romance sobre a entrada na idade adulta, com mais uma jovem protagonista a descobrir as verdades desagradáveis sobre o mundo. Seguimos Lara, uma rapariga de dezassete anos convidada a acompanhar o pai, que mal conhece, numas férias na Toscana. Eles ficam com Caroline, uma velha amiga do pai, e Lara é de imediato apresentada aos vizinhos, o rico e incestuoso clã Willoughby, cujos membros passam o dia na piscina, a bronzearem-se e a distraírem-se com sexo e alianças em constante mutação. Esther Freud invoca na perfeição o calor indolente, as piscinas refrescantes e os longos e de fazer água na boca almoços de alcachofras, prosciutto e mozzarella. É um mundo sedutor e artificial, e o leitor consegue facilmente partilhar a mistura de atracção, inveja e repulsa que Lara sente.
A bela Tuscânia é o palco de uma novela sobre o fim da inocência de uma jovem
Descreva numa só frase as suas férias de sonho e habilite-se a ganhar um dos cinco exemplares de Um Verão em Siena, de Esther Freud, que a ASA tem para lhe oferecer.
A frase terá de ser enviada até terça-feira, dia 2 de Junho, para joanneharris@sapo.pt
Não sei se alguma vez te falei na minha amiga Caroline – disse Lambert, quando um prato branco e espesso de kedgeree chegou à mesa e foi pousado sobre a toalha de linho imaculada, à frente de Lara –, mas recebi uma carta, esta manhã, e… – fez uma pausa para agradecer as costoletas que acabavam de chegar – …parece que ela não está nada bem.
– Oh, quero dizer, não, não me parece que alguma vez me tenha falado nela. – Lara baixou os olhos para os filetes de peixe, o dourado da gema do ovo, a salsa agarrada ao arroz. Tinha vontade de começar a comer, mas pareceu-lhe indelicado. – Ela é… muito velha? – perguntou com vivacidade.
– Bem… – O pai pegou numa faca afiada e deu um golpe na carne. – Não é especialmente velha. Terá mais alguns anos do que eu. Deve andar na casa dos sessenta, talvez. – Suspirou. – Ainda é consideravelmente nova.
Lara acenou com a cabeça enquanto levava à boca a primeira garfada, os suaves grãos aromatizados com canela e cravinho, as minúsculas sementes de alcaravia estalando entre os dentes, e perguntou-se se alguma vez iria ser capaz de considerar nova uma pessoa com sessenta anos.
– Fez-me pensar – continuou o pai, enquanto o empregado de mesa servia chá. – Se não deveria ir visitá-la. Ela alugou uma casa em Itália, para o Verão. Todos os anos faz isso porque o falecido marido era italiano, e todos os anos me convida, mas desta vez… desta vez acho que vou mesmo.
Baixou os olhos, então, de sobrolho franzido, dando a Lara a hipótese de observá-lo, de ver em que medida esta declaração estava a afectá-lo. Era um homem que sempre fizera questão de nunca sair de Londres, e, tanto quanto ela sabia, ainda Lara não era nascida quando ele o fizera pela última vez. Certa vez, perguntara-lhe por que razão nunca viajava. O pai encolhera os ombros e respondera: para quê viajar quando se vive no melhor lugar do mundo?
Por uns instantes, ficaram a comer em silêncio, até que o pai, ainda a mastigar, olhou para Lara.
– Já lá estiveste?
– Onde?
– Em Itália.
Lara abanou a cabeça. Tinha ido com a mãe até à Índia, de autocarro. Tinham atravessado a Bélgica, a Alemanha, a Grécia, a Turquia, depois o Irão (se bem que lhe tenham chamado Pérsia para fazer com que os dias passassem mais depressa), o Afeganistão e o desfiladeiro de Khyber. Também tinha estado na Escócia, onde vivera durante sete anos – por isso talvez não contasse –, mas a Itália nunca tinha ido.
O pai continuava a olhar para ela.
– Pensei que talvez gostasses de vir comigo.
– Consigo?
O pai acenou com a cabeça.
– A sério? Quero dizer, sim, gostaria de ir.
Sorriram um para o outro, selando o pacto. E, então, ondas de ansiedade, de receio, de uma excitação delirante percorreram o corpo de Lara com uma tal intensidade que todo o apetite desapareceu e terminar o pequeno-almoço pareceu-lhe subitamente uma tarefa tão árdua como se lhe tivessem pedido que arasse um campo.
Continue a ler Um Verão em Siena, de Esther Freud, aqui.
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